quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cada contato meu com alguma pessoa representava uma perda enorme de energia vital: eu 

saía esgotado, confuso, com dor de cabeça e, principalmente, com dor por não poder fazer 

nada pelo desespero alheio. A minha própria miséria aumentava. Foi aí que a solidão 

deixou de ser involuntária para se transformar em escolha. E foi bom, está sendo bom. 

Passo o dia lendo, ouvindo música, vendo velhos filmes na televisão, de vez em quando vou 

o cinema ou saio para passear na beira do rio que passa atrás do edifício. Fico lá sentado 

numa pedra, fumando e pensando nas pessoas que perdi, senão em afeto, pelo menos em 

proximidade física.

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