terça-feira, 11 de outubro de 2011




"Engraçado, eu não gosto do meu quarto em si — das 


paredes, dos móveis —, mas gosto demais das coisas que 


posso ver pela janela. Das coisas que estão fora dele, porque 


o que está aqui dentro eu acho muito parecido comigo. E eu 


não gosto de mim. Ou gosto? Não sei. Talvez pareça não 


gostar justamente porque gosto muito, e então exijo demais 


do meu corpo, e as coisas erradas que ele faz — são tantas! — 

me fazem detestá-lo. A gente sempre exige mais das pessoas 


e das coisas que quer bem, as que queremos mal ou 


simplesmente não queremos, nos são indiferentes." —

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